22 março, 2005

Nem muito dormir, nem muito amar

Me pegou de jeito aquele homem,
E para quem acha que isso tranquiliza
Só posso dizer que desde então não durmo.
O olho vacila com o passar do relógio,
Mas o bater do coração, não. Hipnotiza.

E as órbitas vagueiam loucas por sua sombra,
E as mãos puxam o lençol da cama,
E tudo se retorce e se ajeita.
Como disse, não tranquiliza.
Mas o sono vem, vence e reclama.

Reclama por teu lugar, sono!
Vem e toma teu posto, por misericórdia,
Que minh'alma não suporta esta agonia.
Deve ser masoquista, por que até no sonho
Espanta as flores e me lembra, e instala a discórdia.

Briga feia entre meu sono e esta loucura
Este estupor que ateia fogo à vida.
Ao longo de uma madrugada escassa de descanso
Pelo menos os olhos são forçados a ficarem cerrados,
E quem pensa ter chegado ao fim, não verá minha loucura vencida!

Ela cede por querer continuar,
E para isso meu corpo precisa dormir,
Pois após a noite, ela pode como quiser, me acordar.
Claro que pensando, desvairando, suspirando, esperando.
Mas sempre imaginando outra vez aquele homem me vir a sorrir.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Coisa séria isso heim!!!!!!!!!!

5:59 AM, março 25, 2005  
Blogger Madame P. Mandrack said...

É... meu filho!

6:29 PM, março 25, 2005  
Blogger Alan said...

Estive frequentando o blog velho. Estava até achando estranho, a falta de atualização. Acredite se puder! Mas agora, achei de novo.
Beijos,

9:13 PM, março 26, 2005  

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