09 janeiro, 2005

Disto aqui

Dentro em breve parto disto aqui
E o quanto antes alcanço o Tempo
Peço a ele que não corra e que esmoreça
Que não acelere, cruel, a volta para o que não sou
Para o que não quero ser

“Disto aqui” é tudo o que não pode ser
Habitual, corriqueiro, cotidiano
E o meu pedido é para que a rotina fique
Fora da vida, da minha cabeça, perdida no Tempo
Mas o Tempo não pode fazer nada

E em breve serei eu a esmorecer
E tragada por nada que é “disto aqui”
Sorverei dias constantes em sua velocidade
Assim, quisera eu ter todos os dias a correr
No tempo que não esmorece jamais

Ficar sem perceber a passagem desse Tempo
Tão perceptível em sua lentidão
Sentir que tudo é “disto aqui”
Tudo tão rápido por que é bom
E por que não é cotidiano

O “disto aqui” é o que me agrada
É o que não percebo por que não me dói
Por que passa tão rápido quanto os bons momentos
Que minha lembrança luta para o Tempo não apagar
O “disto aqui”, para mim, está fora do Tempo

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

OOIIII!!!!!
sou eu ritinha, o Allan
gostei muito da sua angústia em relação ao Tempo
tb to me achando velho...
só achei q vc perdeu uma otima oportunidade de fazer um soneto. iria enriquecer o texto sendo mais formal
Bejão

3:09 PM, janeiro 13, 2005  

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