Dias errantes de um termo solitário
Volte! Dizia diariamente. “Quem sabe”, era a resposta quase automática. E assim por anos era o mesmo escasso diálogo matinal. Naquele dia, o “Volte !” calou-se e não havia pelo que existir. “Quem sabe” sentiu a aflição da incerteza pela primeira vez, não estava acostumado com o monólogo. Não se conformava com seu eco, pois percebia sua secura. Sua existência sempre fora secundária, dependia do chamado para que se afirmasse como a “última palavra”; entretanto não suportava o peso de ser a primeira de uma lista de amarguras. Acabou sucumbindo à saudade e à dor. Foi ao encontro de sua identidade além de seu mundo e quando esta mandou-o voltar pôde enfim dizer “Quem sabe” e ficar.
2 Comments:
Oi, meu amor!
Você escreveu exatamente a minha situação. O meu "Volta!" acabou se perdendo no ar a espera de resposta, até que chegou a tão dolorosa resposta: "Não!". Mas tudo bem, por mais que tenha sofrido por conta disso, o que é meu tá guardado... E me esperando!
Te amo!
Grande beijo
Renato Macena
Te amo também, muito, muito. Fique tranqüilo que logo, logo escreverei algo com final feliz, e será somente para você.
Muitos beijos
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