16 julho, 2005

Teorias Magníficas Sobre o Comportamento Humano - Desejos Irrealizáveis

1. Sobre "As pessoas e os seus círculos de operância"

Essa eu li em um blog já extinto de uma amiga de um conhecido meu. Sei quem ela é, e lembro dela por ser uma espécie de "baixinha exemplar": ela é do meu tamanho, e muito bonita, mostra que as baixinhas - como eu! :) - têm potencial. Na verdade o endereço do blog dela foi digitado no meu browser de internet num daqueles dia sem nada pra fazer, em que, fuxicando o orkut alheio - no caso o desse meu conhecido-, encontrei um testimonial escrito por ela, de lá fui pro perfil dela, e acabei parando no blog. Inutilidades da vida. Mas vejam bem: depois que li, percebi a total validade da teoria, e como eu já tinha formulado ela inconscientemente, sem nunca ter chegado a uma idéia definida. Ou seja: as mação caíam da árvore e eu nunca tinha aprendido sobre a lei da gravidade! Ah, enfim, vamos ao que interessa. A teoria é o seguinte:

Para garantir o equilíbrio do sistema, é necessário que as pessoas que existem num determinado local onde desempenhamos uma de nossas atividades cotidianas não existam nos outros locais em que desempenhamos atividades outras.

A teoria é baseada nos diversos locais que freqüentamos, cada um com um objetivo específico (escola, trabalho, boate, macumba, seja o que for). mas em cada local desses você age de uma maneira, se veste de uma maneira, fala de uma maneira e tal. Se alguém de um círculo em que você já esteve por acaso dá de cara com você em um outro círculo, constrangimentos e/ou estranhezas e/ou qualquer coisa chata ocorre. Por exemplo quando vi uma menina da igreja que eu freqüentava na porta de uma boate. Ou quando encontrei um colega de trabalho na praia. Essas coisas. As pessoas deviam se manter no seu círculo de operância, e deveria haver uma lei superior que controlasse a freqüência de cada um, de modo a não ocorrer falha no sistema.

2. Sobre o "Vale-Pessoa"

Essa foi criada exclusivamente pelo Daniel Viana, ilustre quase-publicitário-designer-wannabe da faculdade. Segundo ele, deveria haver uma espécie de RioCard que desse direito a, uma vez por ano, ficar com uma pessoa que se quisesse - mesmo que isso fosse contra a vontade dela. Assim, cada um seria inteiramente feliz caso tivesse um amor não correspondido, pelo menos uma vez a cada 365 dias. E vejam bem, a pessoa poderia perceber a imbecilidade dela em desprezar uma pessoa magnífica como a outra, que usou o cartão. Ah, seria maravilhoso. Menos quando alguém usasse o cartão comigo, claro. Se bem que às vezes parece que esse cartão já existe, vou te contar.

3. Sobre a Inexistência da Perfeição Existente

Essa é de minha autoria, mas a mais modesta das 3. A idéia é simples: coisas ou pessoas absurdamente maravilhosas não deveriam existir. Não mesmo. Depois que você entra em contato com uma dessas perfeições existentes, nada consegue substitui-la. É o caso da pizza de frango com catupiry da Pizzaria Guanabara. Eu era feliz quando comia pizza desse sabor em outros lugares. Mas agora, com esse novo teto de comparação, todas as outras pizzarias parecem infinitamente inferiores. E como a Guanabara não é lá muito barata, a coisa fica difícil. Pessoas maravilhosamente bonitas e/ou legais também não deveriam existir. tanto no caso de você não chegar aos pés dessa pessoa quanto no caso de você ter tido um caso com ela, é sempre frustrante. E isso ocorre com filmes também. Quando vi Clube da Luta e Amnésia, por exemplo, fiquei me perguntando por que todos os outros cineastas ainda não tinham desistido da profissão.